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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Amor é coisa que não se recebe: uma visão radical sobre a dinâmica dos relacionamentos

“She understands that she will never receive enough love from a relationship nor from her self-acceptance. She has realized that when she wants to feel love, all she needs to do is give love. In fact, that is the only time she feels love – when she is loving.”

“Ela compreende que ela nunca receberá amor suficiente de um relacionamento nem de sua auto-aceitação. Ela descobriu que quando deseja sentir amor, tudo o que ela precisa fazer é dar amor. De fato, esse é o único momento em que ela sente amor – quando está amando.” [tradução livre]



No fim, ela acabou traindo o cara. Passou os últimos meses morando com um e se apaixonando por outro. No dia da mudança, eles conversaram com mais calma, deitados na dor um do outro. Ele declarou seu amor, disse que era louco por ela, que tinha perdoado a traição, que sequer via tudo como traição. Tarde demais: ela já estava no meio de outra história. Ao ouvi-lo sobre seu amor, confessou: “Eu não sabia de nada disso! Por que você não me agarrou antes? Por que não me disse todo dia, por que não se declarou completamente olhando nos meus olhos?”.

Ele surpreso com a reação e ela continuou: “Eu via você fechado, mal, calado. Pensei que não me amava mais. Então segui com minha vida”. É como se ela estivesse dizendo: “Se soubesse que você me amava, eu não teria feito nada disso”. Mais ainda: “Como parei de sentir seu amor, deixei de amá-lo. Tivesse você me amado, eu teria amado você também“. Antes de ir embora, ela ainda admitiu: “Eu quero casar e vou casar com quem me amar”.

Eu queria não saber descrever essa história. Queria que ela fosse raridade, um caso exótico apresentado em um noticiário que ninguém assiste. Queria que ela não estivesse ao nosso redor, ou melhor, tão dentro de nós. Queria que não fosse a nossa história.


O desejo de ser amado, a ânsia de ser visto, tocado, adorado. Alguém passa por perto e imaginamos como seria se tivesse curiosidade e interesse por nós, se quisesse saber tudo sobre nós. O desejo de ser desejado. Será que consigo deixar alguém excitado, será que consigo fazer algum olho brilhar por mim? Até que alguém enfim esbarra em nós e vem com desejo, curiosidade e acolhimento. Por sermos tocados, queremos tocar. Por sermos desejados, desejamos. Ao nos sentirmos amados, amamos. Será? A carência é sábia feiticeira. Será mesmo que o amor é essa coisa passiva? “Vou casar com quem me amar”…

Se só abraçamos quem nos abraça, nunca saberemos qual a textura de nosso abraço, nunca saberemos de fato o que é abraçar. O abraço pelo qual levantamos e vamos até o outro, esse não morre, não cessa, ainda que o outro solte os braços e nos abandone. A potência de abraçar é o que importa e é por ela que sentimos um abraço, não pelo corpo exterior que nos retribui ou nos larga. Tal é a diferença entre felicidade autêntica e prazer temporário: se sentimos nossa incessante capacidade de abraçar ou se somos reféns dos braços do outro.

Eu posso estar louco, mas confesso que nunca me senti amado. Nunca senti o amor vindo de fora, de nenhuma direção: família, namoradas, amigos. Deles já senti afeto, cuidado, paixão, carinho, tudo. Mas amor? Amor é essa coisa outra.

Quando amo, quando sinto o amor circular dentro de mim, é sempre como um gesto, uma ação, algo que faço em todas as direções, de dentro para fora. Respiração, abertura, repouso. Entrega. Sentir tudo me percorrer e conseguir penetrar tudo e todos. Olhar a beleza além do outro e fazê-la florescer. Ficar aberto e fazer de minha abertura uma chave para escancarar qualquer um.
Será que algum dia já recebemos amor? Como receber uma ação que nós mesmos temos de fazer? Amor é coisa que não se recebe. Quando uma mulher oferece amor para um homem, ele recebe carinho, cuidado, toque, mas não amor. Quando um homem ama uma mulher, ela pode sentir paixão, acolhimento, segurança, mas não amor. Amor é coisa que se dá.

Música é um bom exemplo: um baterista, ao fazer seus movimentos rítmicos, tem uma experiência totalmente diferente daquele que ouve o som produzido. Nenhum som equivale à experiência de produzi-lo; assim também com afeto, cuidado e carinho em relação ao amor.
Sentir com o peito nossa potência de amar é muito mais gostoso do que sentir algo passivamente vindo do outro. Quando praticamos o amor, é como se fizéssemos e recebêssemos uma massagem. A um só tempo, sentir e ser sentido, tocar e ser tocado. Quando recebemos carinho, deixamos de sentir o prazer de acariciar. Por outro lado, quando acariciamos, uma mágica acontece: simultaneamente nosso toque é a interface pela qual o outro nos acaricia também.
No amor e pelo amor, passividade a atividade se tornam um único processo. É assim que podemos explicar a misteriosa dinâmica do amor: quando amamos, somos amados, e não o contrário! A sensação genuína de “ser amado” é simplesmente o efeito de sentir o amor, de ser amor, de amar. E isso pode acontecer mesmo que o outro não nos ame ou sequer goste de nós!
Quando Sêneca diz “Si vis amaria, ama” (”Se quiser ser amado, ame”), ele não quer dizer que o outro vai amar você de volta, mas que a sensação de ser amado vem da ação de amar, não da reação ao amor do outro.
No entanto, a sensação de ser amado existe e pode facilmente ser desvinculada de seu processo criador. Um momento de sonolência e perdemos contato com nossa potência autônoma, um lapso e temos a nítida sensação de que o amor vem do outro – o mesmo amor que nós mesmos fizemos circular! Aqueles que ficam distraídos por muito tempo começam a achar que o amor só pode mesmo vir de fora e então passam a vida nessa busca.
Mas é possível acordar. A mulher de nossa história inicial deixou vazio o objeto de amor de seu ex-namorado. Com o fim, talvez ele perceba que, ainda sem destino ou recipiente algum (”O que eu faço com tudo isso que sinto? Onde jogo esse mundo inteiro aqui?”), seu amor persiste. A ausência de foco para seu sentimento é o que o levará à descoberta do amor que não cessa e sua capacidade de direcioná-lo para qualquer pessoa. Ele então andará pelo mundo fortalecendo sua potência de amar. Bastará um olhar para praticar o amor de acordo com o tecido da relação. Com um amigo, ele se manterá aberto, presente, verá qualidades positivas, encontrará beleza e se conectará com isso, agirá a partir disso. Com sua família, com seus parceiros de trabalho, com as futuras namoradas, a mesma prática.
Ela também pode percorrer o mesmo caminho. Após o fim, perceberá que seu novo parceiro nunca conseguirá preenchê-la totalmente. Pode tentar ficar sozinha por um tempo e ler vários livros de auto-ajuda americanos sobre self-love. Isso também será insuficiente. Ela não se contentará em depender de relacionamentos, da natureza ou das artes para sentir amor – nem tampouco encontrará satisfação em amar a si mesma. Então ela talvez experimente um abraço que não seja recebido, que se mantenha mesmo quando o outro momentaneamente solta. E quando isso acontecer, descobrirá que não é necessário achar outra pessoa para continuar se sentindo abraçada. Basta continuar abraçando…

Love is something that does not get: a radical view on the dynamics of relationships

"She understands that she will never receive enough love from a relationship nor from her self-acceptance. She has realized that when she wants to feel love, all she needs to do is give love. In fact, that is the only time she feels love - when she is loving. "


In the end, she ended up cheating on the guy. He spent the last months living with one and falling in love with another. On the day of change, they talked more calmly, lying in pain from each other. He declared his love, said he was crazy about her, she had forgiven the betrayal, we even saw everything as a betrayal. Too late: she was in the middle of another story. Hearing him about his love, he confessed: "I do not know anything about it! Why do not you grab me before? Why not tell me every day, for which there has been quite looking at me? ".

He surprised by the response and she continued: "I saw you closed, evil, silent. I thought I did not love me anymore. Then I followed with my life. " It is as if she were saying: "If you knew you loved me, I would not have done any of that." Furthermore: "As I stopped to feel your love, I stopped loving him. Had you loved me, I would have loved you too. " Before leaving, she also admitted: "I want to marry and will marry whom I love."
I would not know to describe this story. Wanted it to be rare, a case presented in an exotic news that no one watches. I wish she were not around us, or rather, as within us. I wish it were not for our history.

The desire to be loved, the desire to be seen, touched, loved. Someone passes around and imagine how it would be if it had curiosity and interest in us if we wanted to know everything about us. The desire to be desired. Would you let someone else excited, did I make some eye shine for me? Until someone finally comes up against us and comes with desire, curiosity and acceptance. Because we played, we want to play. Because we want, want. When we feel loved, love. Really? The shortage is wise witch. Is it really true that love is something passive? "I'll marry who I love" ... If only those who embrace embraces us, we will never know what the texture of our embrace, we will never know really what's embrace. The embrace by which we stand and to the other, this does not die, does not cease, even if the other drop the arms and leave. The power to embrace is what matters and that is why we feel it a hug, not the outer body that rewarded us or broadband. This is the difference between true happiness and pleasure temporary: if we feel our ability to embrace continuous or if we are hostages of each other's arms.

I may be crazy, but I confess that I never felt loved. I never felt the love coming from outside in any direction: family, girlfriends, friends. Of them have felt affection, care, passion, love, everything. But love? Love is this thing over.

When I love, love when I move inside of me is always like a gesture, an action, something I do in all directions, from the inside out. Breath, opening home. Delivery. I feel everything through and penetrate everything and everyone. Look beyond the beauty of the other and make it flourish. Stay open and do my key to opening a wide open either.
Will they ever have received love? Receiving an action that we ourselves have to do? Love is something that is not received. When a woman has to love a man, he receives love, care, touch, but not love. When a man loves a woman, she may feel passion, host security, but not love. Love is something that happens.
Music is a good example: a drummer, while doing their rhythmic movements, has a totally different experience that you hear the sound produced. No sound is equivalent to the experience of producing it, so also with affection, care and affection toward love. Experience with breast our power to love is much tastier than passively feel something coming from the other. When we practice love, it is as if we did and we might receive a massage. At once, feel and be felt, touching and being touched. When we love, we fail to feel the pleasure of caressing. On the other hand, when caressed, a magic happens: while our touch is the interface through which the other caresses us as well.
In love and love, passivity to activity become a single process. This is how we explain the mysterious dynamic of love when we love, are loved, and not the opposite! A genuine feeling of "being loved" is simply the effect of feeling the love, be love, love. And this can happen even if the other does not love us or even like us!

When Seneca says "Si vis love, love" ( "If you want to be loved, love"), it does not mean that others will love you back, but the feeling of being loved is to love the action, not reaction love each other.
However, the feeling of being loved and there can easily be separated from her creative process. A moment of sleepiness and lost contact with our major power, a mistake and we have the distinct feeling that love is the other - the same love that we move ourselves! Those who are distracted for a long time begin to think that love can not even come out and then spend their lives in this quest.

But you can wake up. The woman in our early history has left empty the love object of her ex-boyfriend. In the end, perhaps he realizes that even without any target or container ( "What do I do with all that feel? Game where this whole world here?"), Their love remains. The lack of focus for his feelings is what will lead to the discovery of love that never ceases and its ability to direct it to anyone. He then walk around the world to strengthen their power of love. One glance at practice love according to the fabric of the relationship. With a friend, it will remain open, this will see positive qualities, you will find beauty and connect with it, act from it. With his family, with its partners working with future girlfriends, the same practice.
It can also go the same way. After the end, you realize that your new partner will never be able to fill it completely. You can try to be alone for a while and read many books on self-help Americans about self-love. It will also be insufficient. It will not be content to rely on relationships, the nature or the arts to feel love - nor find satisfaction in love herself. Then she might give it a hug that is not received, which is maintained even when the other momentarily loose. And when that happens, you will find that it is necessary to find someone else to continue to feel embraced. Just keep hugging ...